23/09/2011 VEJA
Tentativas de barrar a criação do PSD já beiram o ridículo e a perseguição barata
Você
já ouviu falar, leitor e eleitor, ou sabe, sem consulta, o que
significam siglas como PTC, PTdoB, PRTB, PMN, PRP, PHS, PTN ou PSL?
Talvez se lembre do PCO e do PSTU porque os folclóricos de extrema
esquerda conseguem ser mais folclóricos do que os outros. Por que faço
essa pergunta? Já beiram o ridículo e a perseguição barata as
dificuldades que estão sendo interpostas para a criação do PSD, o
“partido de Kassab”, como noticiam alguns jornais e sites. Ah, tenham
paciência!
Não estou
pedindo que se condescenda com ilegalidades, não! Que se apure tudo etc e
tal, mas duvido um pouco que um partido que nasce com uns 55 deputados
federais, alguns vice-governadores, mais de centena de deputados
estaduais e centenas de vereadores não consiga cumprir as exigências
legais, ainda que, aqui e ali, possa haver fraude em lista. Que os nomes
com irregularidades sejam excluídos. E que se toque adiante a vida.
Será que
alguns ilustres representantes das próprias idiossincrasias, cuja
existência parece ter o fito exclusivo de meter a mão no fundo
partidário, passaram ou passariam por igual escrutínio? Faz sentido
tentar impedir aquele que pode ser o terceiro partido na Câmara de
disputar eleições quando legendas que só existem no papel praticamente
imploram a adesão de telespectadores no horário político?
Não estou
fazendo juízo de valor sobre a legenda, seu credo, seus princípios etc.
Só estou apontando algo inquestionável: o PSD existe e já nasce como
partido grande. Uns podem gostar, outro podem detestar. O que não é
aceitável é que se tente barrar no tapetão o que é realidade política de
fato.
O DEM
certamente ganha mais pontos junto a seu eleitorado atuando como atuou
no caso da Comissão da Verdade, procurando evitar que ela se transforme
numa “Comissão de Revanche”, do que tentando impedir o nascimento de um
novo partido. “Ah, mas vai ser mais uma legenda governista”, dirão
alguns. “O partido nasce sem ideologia”, dirão outros. Ora, quem não
gostar que não vote. É simples.
Ou, então,
que o Ministério Público Eleitoral me diga onde estão as massas do
PTdoB, PRTB, PMN, PRP, PHS, PTN, PSL, PCO ou PSTU… Todos os seus
eleitores, juntos, devem caber numa Kombi. E as legendas por aí, com
todos os carimbos legais. E que se note uma afronta à lógica: se os
criadores do PSD tivessem quebrado a cara, reunindo dois ou três
deputados, ninguém tentaria impedir a sua criação. Como a iniciativa foi
bem-sucedida, então veio a celeuma. Notável! Se o partido, na prática,
não existisse, ninguém tentaria impedir a sua criação no cartório. Como
ele existe, então se tenta matá-lo de modo cartorial.
É hora de parar com essa ridicularia.
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