Um governo que deveria ser destituido por irresponsabilidade, por não priorizar nosso desenvolvimento.
BNDES investe o dobro em porto de Cuba do que o PAC 2 nos portos brasileiros.
Veja o vídeo no final desta notícia!
Fonte: Coturno Noturno
Ontem, com toda a pompa, o ditador assassino Raul Castro visitou o Puerto de Mariel(vídeo),
em Cuba, para acompanhar o bom andamento das obras, pois dinheiro é o
que não falta. A obra é da Odebrecht, totalmente financiada pelo BNDES, a
um custo de U$ 300 milhões. Esta é a cifra para consumo interno, aqui
no Brasil. Segundo fontes oficiais
de Cuba, as instalações de Mariel poderá chegar a U$ 800 milhões de
dólares. Investimento brasileiro.Para os portos brasileiros, pelo PAC
2, de 2011 a 2014, estão previstos investimentos de pouco mais de U$ 300
milhões. O que justifica enviar dólares para Cuba e perder dólares em
nossas exportações por falta de infra-estrutura portuária no Brasil? É
ou não é necessária uma CPI do BNDES já? E se deste dinheiro algum amigo
de Fidel embolsasse, por exemplo, 20%, 30%? Alguém descobriria? Ou a
corrupção cubana é menor do que a brasileira?
Da Folha de São Paulo de hoje, sem citar a obra em Cuba:
A exportação de obras de
construtoras brasileiras explodiu nos últimos dez anos. O desembolso de
financiamentos do BNDES para obras de empreiteiras brasileiras no
exterior aumentaram 1.185% entre 2001 e 2010, passando de US$ 72,897
milhões para US$ 937,084 milhões. No governo Lula, que usou a diplomacia
presidencial para abrir mercados para empresas brasileiras na África e
América Latina, o crescimento foi de 544%. Odebrecht, Andrade Gutierrez,
OAS, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa tiram uma parcela cada vez maior
de seu faturamento de obras feitas em países como Venezuela, Peru,
Angola e Moçambique.
"O banco financia obras de
infraestrutura desde 1997 e jamais houve uma demanda tão grande para
projetos no exterior", diz Luciene Machado, superintendente de comércio
exterior do BNDES. "Antes isso se restringia à Odebrecht, mas agora
vemos todas as empreiteiras fazendo uma opção pela internacionalização",
afirma. Ela prevê que os desembolsos devem chegar a US$ 1,3 bilhão
neste ano, uma alta de 38% em relação a 2010. Já há contratos para
construção de uma hidrelétrica na Nicarágua e hidrelétricas e gasoduto
no Peru, que devem começar a ter desembolsos em breve.
Os desembolsos do BNDES não são
os únicos indicadores do aumento das exportações das
empreiteiras.Segundo dados do Banco Central, ao lado de exportação de
serviços de tecnologia de informação, construção e engenharia estão
entre os que mais crescem. De acordo com o BC, as exportações das
empreiteiras entram em duas categorias -exportações de serviços de
construção ou de engenharia, ou investimento brasileiro direto (IBD). O
IBD em infraestrutura e construção de edifícios cresceu de US$ 194
milhões em 2006, primeiro ano pesquisado, para US$ 455 milhões em 2010,
uma alta de 186%. Já as exportações de serviços de construção e
engenharia cresceram de US$ 1,8 bilhão em 2003 para US$ 5,7 bilhões em
2010; alta de 208%.
Esses dados subestimam o valor
real das exportações. Segundo o BC, muito do investimento brasileiro
direto é feito a partir de reinvestimento de lucros auferidos no
exterior, que as empreiteiras não internalizam, por isso não entram na
estatística. Já nos números de exportação de serviços de construção e
engenharia entram apenas os projetos de curta duração.
O esquemão é perfeito. Vejam a segunda parte da matéria.
As empreiteiras brasileiras
começaram sua expansão na América do Sul, mas hoje têm presença cada
vez maior na América Central e na África. E a diplomacia presidencial
foi um dos principais instrumentos para abertura de mais mercados. O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se juntou ao presidente cubano,
Raúl Castro, em 2010, para inaugurar as obras da Odebrecht no porto
cubano de Mariel, com financiamento de cerca de US$ 300 milhões do
BNDES. Ele visitou várias obras da construtora em Angola, junto com o
presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
E, mesmo fora da presidência, Lula continua fazendo promoção comercial. Recentemente esteve na Bolívia e teria discutido com o governo problemas em uma estrada em construção pela OAS e financiada pelo BNDES. As negociações dessas exportações de obras de infraestrutura normalmente envolvem governos.Isso porque as vendas de obras ao exterior são feitas sempre em um pacote, que geralmente inclui o financiamento do BNDES. "Levamos junto o financiamento do BNDES para a obra, e o banco estipula que 85% dos produtos e serviços do projeto precisam vir do Brasil", diz Mauro Rehm, gerente-geral da Odebrecht Logística e Exportação.
Segundo Rehm, em 2009 e 2010, só nesses serviços e bens acoplados, sem incluir as construções, a Odebrecht exportou US$ 2 bilhões. Hoje, 58% da receita da Odebrecht Engenharia e Construção vêm do exterior. "É importante o governo brasileiro fazer meio de campo para obter contratos; e é natural, todos os governos fazem", diz Luciano Amadio, presidente da Associação Paulista de Empresários e Obras Públicas (Apeop). Para Luís Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização, a internacionalização das empreiteiras mostra maior competitividade.E é vantajoso para o país, porque se trata de exportação de maior valor agregado.
lamentavel/
ResponderExcluir