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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

PeTralhas preparam documento para encobrir a podridão. Mas o mal cheiro continuará denunciando os safados.



Documento do PT recusa ‘faxina’ que a oposição apoia

Do Josias de Souza
A resolução política que o PT levará a voto no seu congresso partidário faz uma leitura peculiar da propalada “faxina” de Dilma Rousseff.
Acomodado em 24 folhas, o texto do PT foi manuseado pela repórter Vera Rosa. Ela conta que o partido enxerga por trás do detergente uma “conspiração midiática.”
O texto recomenda ao petismo que repila as “manobras” urdidas com o propósito de promover a “criminalização generalizada” do consórcio governista. A certa altura, o documento traça uma analogia entre os primeiros meses da gestão Dilma e o período do mensalão, que eletrificou o primeiro reinado de Lula:
“A oposição, apoiada – ou dirigida – pela conspiração midiática que tentou derrubar o presidente Lula…”
“…Apresenta-se agora liderando uma campanha de ‘apoio’ à presidente Dilma, para que esta faça uma ‘faxina’ no governo.”
Numa fase em que FHC prega a busca de “convergências” com Dilma e Aécio Neves fala em “pacto pela governabilidade”, o texto do PT fustiga o tucanato.
Afirma que políticos “sem credibilidade”, “omissos” no combate à corrupção em seus próprios Estados, agem para “dissolver a base parlamentar do governo Dilma.”
O PT atribui os curto-circuitos que eletrocutaram ministros e servidores dos Transportes e da Agricultura à oposição e “seus aliados na mídia conservadora”.
Vem daí o ressurgimento da tese segundo a qual é necessário empinar no Congresso o debate sobre o marco regulatório da mídia.
Quer dizer: para o PT, pouco importa se houve malfeitos. O importante é “regular” as manchetes que dão vazão ao lodo que escapa pelo ladrão.
A resolução do PT não faz ressalvas ao comportamento de Dilma. Houve, porém, a preocupação de defender Lula.
Na gestão do ex-soberano, sustenta o PT, houve “combate implacável” à corrupção.
Nesse trecho, o texto como que refuta nas entrelinhas o diz-que-diz dos rivais. Uma pregação que contrapõe o suposto rigor de Dilma à leniência de Lula com os desvios.
Antes de se converter em palavra oficial do partido, o documento será debatido pelos 1.300 delegados que participam do congresso do PT. Pode sofrer emendas.
Como está, o soneto é precário. Mas sempre pode surgir uma emenda capaz de piorá-lo.

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