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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Adeus Mercosul - sai o Paraguai e entra a Venezuela

O único golpe (e que não deu certo) foi o de Chavez, quando tentou provocar reação "revolucionária" do exército paraguaio para manter Lugo no poder.

O próprio advogado de Lugo reconheceu a legitimidade do processo.

Por Celso Brasil
No afastamento do Paraguai do Mercosul e inclusão da Venezuela, foi utilizada uma estratégia político-ideológica nada democrática, desvirtuando a isenção que deveria caracterizar o tratado. Isso torna o Mercosul um instrumento ideológico onde o Brasil perdeu sua liderança há muito tempo, pois toma medidas embasadas no que dita a cartilha comuno-socialista e Chavez, agora, será o grande líder, graças ao traço que lhe é peculiar - seu modo intransigente e ditador.
 Vídeos esclarecedores no final deste artigo 
A America do Sul perde com isso. Esta ideologia bolivariana influenciou, inclusive, a participação desastrosa do Brasil na Rio+20, travou nosso desenvolvimento - como mostram os gráficos decrescentes de todos os setores da nossa economia - revertendo um processo plantado por governos anteriores, porque nada acontece da noite para o dia. Queda vertiginosa do PIB e, quanto ao IDH, é bom nem falarmos. Estamos muito atrás de países classificados como pobres, enquanto se exalta nosso enriquecimento numa política tipicamente populista.

Durante décadas o Brasil foi um ícone na diplomacia e se preparou para ocupar lugar de destaque e liderança na América Latina. Já tivemos um Itamarati atuante, do qual nos orgulhávamos. O quadro atual mostra um país submisso a uma cartilha que levou inúmeras economias ao caos. Vide o caso de Cuba e a falência da União Soviética que se viu obrigada a promover a queda do muro de Berlin e alterar sua estrutura para que os países, a exemplo da Alemanha, pudessem assumir a posição competitiva que ocupam hoje.

Será que conseguiremos promover a queda do "muro bolivariano"?

A intervenção nos assuntos internos do Paraguai e a participação na decisão de sua retirada do Mercosul, foi apenas mais um desvio de conduta diplomática que tem caracterizado o Brasil nos últimos governos de tendência comuno-socialista. Lembrando que o Paraguai se opunha a entrada da Venezuela no Mercosul, enquanto regime não democrático. Era o que travava este processo. Portanto, sua retirada foi um instrumento injusto para que se operassem, rapidamente, o ingresso de um país que reza a cartilha totalitarista, contrariando os termos do tratado que é claro nesta exigência.

A imprensa divulgou a tentativa frustada de Chavez em intervir no processo democrático paraguaio, como mostra o trecho do artigo publicado na Veja:
  • "...
    A ministra da Defesa do Paraguai, María Liz García, confirmou em entrevista à imprensa de seu país um rumor que vinha tomando corpo nos últimos dias em Assunção: o diplomata venezuelano Nícolas Maduro reuniu-se com a cúpula das Forças Armadas paraguaias no mesmo dia em que o Congresso votava o impeachment de Fernando Lugo. O chanceler tinha um pedido para fazer aos comandantes: que os militares reagissem caso Lugo fosse de fato deposto.
    As tentativas de intervenção dos presidentes de países vizinhos vêm causando indignação — embora os discursos se mantenham diplomáticos — entre as autoridades paraguaias desde que Federico Franco assumiu o poder na semana passada.  A ousadia dos encrenqueiros latino-americanos, no entanto, chegou a seu ápice nesta sexta-feira, quando veio à tona uma tentativa de golpe militar no Paraguai comandada por ninguém menos que o chanceler da Venezuela - país de Hugo Chávez."
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/exclusivo-na-veja-online-chavez-tentou-promover-um-golpe-militar-no-paraguai-dados-os-eventos-de-hoje-contou-com-o-apoio-de-dilma-e-o-fim-da-picada/

O processo de afastamento de Lugo e a substituição do presidente paraguaio por Frederico Franco foi legítimo, seguindo a constituição daquele país, que obedece um modelo bem próximo do parlamentarismo, o que explica a agilidade e rapidez com que tudo ocorreu. Isso contraria princípios totalitários e deixa claro o motivo de governos, que os seguem, de se manifestarem contrarios.
Portanto, penalizar o Paraguai não passou de uma forma nada correta de promover o ingresso venezuelano de forma imediata, pois se esperava a verdadeira democratização daquele país para que se cumprisse todas as exigências do tratado.
Jogo sujo? 
Tire suas próprias conclusões!
Parece que a estratégia funcionou, não importando o que isso venha causar nos rumos de um processo que se mostrava coerente. Nem os prejuízos econômicos que serão gerados para o Paraguai que, a seu modo e obedecendo sua constituição, luta pela preservação da democracia.

Adeus Mercosul. Agora você não passa de um instrumento político-ideológico, contrariando a tendência democrática da isenção, contrariando regras fundamentais de abertura e globalização das economias e obedecendo, cegamente, os ditames retrógrados do foro de São Paulo.




  
=> Invista um tempo nos importantes esclarecimentos trazidos por estes vídeos!
Debate no programa Painel - Globo News
Excelente e escclarecedor

Brasil não será adversário da Venezuela no bloco,
diz ex-ministro de Relações Exteriores
Video 01 

  

Video 02 - continuação do debate
'Situação econômica da Argentina é de desequilbrio extremo' 

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MATÉRIA DA VEJA EM 05 DE JULHO DE 2012
Blogs e Colunistas
05/07/2012
às 6:45

Dilma é protagonista do episódio mais vergonhoso da política externa brasileira em quase 10 anos de governo petista: incitamento a um golpe militar! Ou: Venezuela de Chávez no Mercosul traz o narcotráfico para o bloco


Eládio Aponte: era juiz da Corte de Jutiça da Venezuela e confessa: protegia o narcotráfico a mando de Chávez e de militares venezuelanos
Eládio Aponte era presidente do Tribunal Superior de Justiça da Venezuela e confessa: protegia o narcotráfico a mando de Chávez e de militares venezuelanos

Na política externa, Dilma Rousseff chegou a emitir alguns sinais benignos na relação com o Irã. Chegou-se a imaginar que o país pudesse ter se reconciliado com a racionalidade e com os fundamentos universais da democracia. Que nada! Oito anos do megalonaniquismo de Celso Amorim no Itamaraty não levaram o país a um papel tão vergonhoso quanto o desempenhado na crise paraguaia.
Sim, senhores! Dona Dilma Rousseff, aquela que deu posse à Comissão da Verdade, aquela que não perde a chance de exaltar seus “camaradas” de luta — todos eles, como ela própria, empenhados então em instalar no Brasil uma ditadura comunista, aquela que tentou punir militares da reserva porque expressaram um descontentamento (e o fizeram dentro da lei), esta mesma Dilma Rousseff pôs as suas digitais no que foi nada mais, nada menos do que o incitamento a um golpe militar no Paraguai. A safra de esquerdistas latino-americanos no poder não descarta, então, apelar às forças uniformizadas, não é? Desde que os tanques estejam a favor da “boa causa”: a deles!
As revelações feitas agora pela cúpula do governo uruguaio não deixam a menor dúvida: Dilma não foi apenas uma das articuladoras da suspensão do Paraguai do Mercosul. Ela também foi a principal artífice do golpe — este na esfera diplomática — que aprovou o ingresso da Venezuela no grupo. A presidente brasileira atuou para acolher um governo que, dias antes, havia se reunido com a cúpula militar paraguaia para incitar uma quartelada.
Se os generais do Paraguai tivessem feito o que lhes recomendou Chávez, a Constituição do país teria sido rasgada. Fernando Lugo teria sido mantido no poder pelos tanques, e a nossa presidenta certamente estaria chamando a solução, agora, de “democrática”. VEJA Online havia revelado em primeira mão a tentativa de quartelada chavista. Os filmes que vieram a público não deixam a menor dúvida.
O Apedeuta e seu Megalonanico tentaram desestabilizar Honduras também. Naquele caso, no entanto, tentou-se criar um levante popular em favor de Manuel Zelaya. Ocorre que o povo hondurenho não queria o malucão de volta, como o paraguaio não quer o retorno do bispo “pegador”. Desta feita, a coisa chega a ser mais asquerosa porque se tentou uma solução que já foi, digamos assim, um clássico na América Latina: a quartelada!
Narcotráfico
A cúpula do governo de Hugo Chávez está infiltrada pelo narcotráfico, e muitos de seus generais são parceiros da Farc. Não se esqueçam de que armamento pesado das forças venezuelanas já foram encontrados com os narcoguerrilheiros. No dia 5 de maio, José Casado informava no Globo:

Desde a última quarta-feira, o nome do venezuelano Eladio Ramón Aponte Aponte reluz na lista “vermelha” da Interpol, a pedido do governo de seu país.
(…)
A vida de Aponte, de 63 anos, mudou seis semanas atrás. Era um homem da lei. Virou foragido da Justiça. Era um dos pilares do governo Hugo Chávez. Tornou-se o “inimigo número um” caçado pelos chavistas. Era presidente do Tribunal Superior de Justiça - a Suprema Corte venezuelana. Agora é um delator da DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos.
Ele confessou cumplicidade com uma rede sul-americana de narcotráfico. E admitiu ter manipulado processos judiciais para favorecer traficantes cujos negócios — contou — eram partilhados com alguns dos mais graduados funcionários civis e militares do governo Chávez.
Citou especificamente: o ministro da Defesa, general de brigada Henry de Jesús Rangel Silva; o presidente da Assembleia Nacional, deputado Diosdado Cabello; o vice-ministro de Segurança Interna e diretor do Escritório Nacional Antidrogas, Néstor Luis Reverol; o comandante da IVa Divisão Blindada do Exército, Clíver Alcalá; e o ex-diretor da seção de Inteligência Militar, Hugo Carvajal.
O juiz Aponte Aponte conheceu a desgraça em março, quando seu nome foi descoberto na folha de pagamentos de um narcotraficante civil, Walid Makled. Convocado para uma audiência na Assembleia Nacional, desconfiou. Na tarde de 2 de abril, ajeitou papéis em uma caixa, deixou o tribunal e entrou em um táxi. Rodou 500 quilômetros até um aeroporto do interior, alugou um avião e aterrissou na Costa Rica. Ali, pediu para entrar no sistema de proteção que a agência antidrogas dos EUA oferece aos delatores considerados importantes.
Três semanas atrás, o juiz-delator reapareceu em uma entrevista ao canal Soi TV, da Costa Rica, contando em detalhes como é feita a manipulação de processos judiciais para livrar da prisão traficantes vinculados a personalidades do governo.
Deu como exemplo um caso no qual está envolvido um ex-adido militar venezuelano no Brasil, o tenente-coronel Pedro José Maggino Belicchi. Segundo o juiz-delator, Maggino Belicchi integra a rede militar que há anos utiliza quartéis da IVª Divisão Blindada do Exército da Venezuela como bases logísticas para transporte de pasta-base e de cocaína exportadas por facções da Farc, a narcoguerrilha colombiana. O tenente-coronel foi preso em flagrante no dia 16 de novembro de 2005, com outros militares, transportando 2,2 toneladas de cocaína em um caminhão do Exército (placa EJ-746).
Na presidência da Suprema Corte, Aponte Aponte diz ter recebido e atendido aos apelos da Presidência da República, do Ministério da Defesa e do organismo venezuelano de repressão a drogas para liberar Magino Belicchi e os demais militares envolvidos. Faz parte da rotina judicial venezuelana, ele contou na entrevista à televisão da Costa Rica.
O general Henry de Jesus Rangel Silva, citado pelo juiz-delator, comandou a Quarta Divisão Blindada, uma das unidades mais importantes do Exército venezuelano. Desde 2008, ele figura na lista oficial de narcotraficantes vinculados às Farc colombianas e cujos bens e contas bancárias estão interditados pelo governo dos Estados Unidos. Em janeiro, o presidente Hugo Chávez decidiu condecorá-lo em público e promovê-lo ao cargo de ministro da Defesa. “Rangel Silva é atacado”, justificou Chávez em discurso.
(…)

Encerro
É essa gente que Dilma Rousseff e Cristina Kirchner estão levando para o Mercosul.
Por Reinaldo Azevedo