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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Escândalos desde 2003 no Esporte


O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), é alvo de inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça) por suposto envolvimento nas fraudes em programa do Ministério do Esporte quando ele era o titular da pasta, entre 2003 e 2006, informa reportagem de Felipe Seligman, publicada na Folha desta quarta-feira.
O inquérito chegou ao tribunal na terça-feira da semana passada e foi distribuído para o ministro Cesar Asfor Rocha. O caso foi enviado pela 12ª Vara da Justiça Federal em Brasília, com um volume e sete anexos, após a constatação de suposta participação de Agnelo no esquema.
O nome do governador apareceu em uma investigação iniciada no dia 9 de junho deste ano pela Polícia Federal para apurar fraudes no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. O programa, de atividades esportivas em áreas carentes, foi descoberto pela Operação Shaolin, da Polícia Civil do Distrito Federal.
Os envolvidos são suspeitos de praticarem os crimes de estelionato e falsificação de documento, entre outros. Entre os alvos está o policial militar João Dias Ferreira, diretor de duas ONGs que assinaram convênios com o Ministério do Esporte.
O policial acusa o atual ministro do Esporte, Orlando Silva, de receber verba desviada de convênios do ministério com ONGs. Silva é o sucessor de Agnelo.
OUTRO LADO
O advogado de Agnelo Queiroz, Luis Carlos Alcoforado, disse que não poderia comentar o caso do inquérito no STJ. "Fico desconfortável de comentar um caso que está sob segredo de Justiça e que não nos foi franqueado o acesso em sua amplitude."
Anteriormente, a assessoria do governo do Distrito Federal havia declarado que "o governador Agnelo Queiroz deixou o Ministério do Esporte há seis anos e não há qualquer ato na sua gestão à frente do ministério que tenha sido desaprovado pelos órgãos competentes", afirmou.


Editoria de Arte/Folhapress

Dado interessante...
Ministro pagou R$ 370 mil à vista por terreno em Campinas

SILVIO NAVARRO
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS
O ministro do Esporte, Orlando Silva, comprou com um cheque de R$ 370 mil um terreno em um condomínio nobre de Campinas (SP), onde constrói uma casa.
A aquisição ocorreu em 8 de agosto do ano passado. Silva é desde 2006 ministro do Esporte, cujo salário até 2010 era de R$ 10,7 mil.
O condomínio onde é erguida a casa possui um pesqueiro e está ladeado por fazendas. Segundo funcionários, uma engenheira é quem monitora as obras, em fase final de construção.

O ministro nega que seu imóvel faça parte do condomínio, mas os nomes dele e de sua mulher, Ana Petta, constam da lista de proprietários fixada na portaria. Para chegar ao local é preciso registrar-se no condomínio.
A mulher do ministro foi líder estudantil em Campinas e seu irmão, Gustavo Petta, é secretário de Esporte.
Filiado ao PC do B, Silva instalou uma placa com o número do partido, o 65.
Corretores de imóveis afirmaram que uma casa no local custa cerca de R$ 1 milhão, mas que aquele terreno demorou para ser vendido devido à existência de um duto subterrâneo da Petrobras.
Segundo reportagem do portal UOL, técnicos da estatal visitaram os terrenos da região, que poderiam ser desapropriados, gerando possível lucro ao ministro.
A Petrobras afirmou que "não existe previsão de desapropriação de terrenos na área". Em entrevista, o ministro disse que o imóvel é o único bem que possui.
"Corresponde ao valor das economias ao longo de toda a minha vida", declarou.

Eduardo knapp/Folhapress
Casa em construção do ministro do Esporte, Orlando Silva, em condomínio de luxo
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