PLENÁRIO / PRONUNCIAMENTO
15/07/2011 - 11h53
15/07/2011 - 11h53
Gostem ou não, do polêmico Requião, ele fala a verdade. Não estamos crescendo. Estamos inflando e sustentados pela euforia corrupta que mantém o brasileiro totalmente desinformado.
A dívida interna nunca ameaçou tanto nossa economia e continua sendo patrocinada pelos que dizem dirigir o país. O comércio exterior está sendo prejudicado pela indiferença dos governantes.
Veja uma nota no final desta página e o videotape do meu programa quando cobri um encontro internacional em 2010. Celso Brasil
A dívida interna nunca ameaçou tanto nossa economia e continua sendo patrocinada pelos que dizem dirigir o país. O comércio exterior está sendo prejudicado pela indiferença dos governantes.
Veja uma nota no final desta página e o videotape do meu programa quando cobri um encontro internacional em 2010. Celso Brasil
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) reafirmou nesta sexta-feira (15) sua preocupação com a falta de medidas para evitar que o Brasil seja afetado pela crise econômica que já abala outros países. Para o senador, o Brasil vive situação semelhante à dos Estados Unidos no período anterior à crise de 2008: juros altos, salários congelados e substituição de ganho de produtividade por financiamento fácil.
- Estamos repetindo o que os Estados Unidos fizeram na pré-crise. Estamos como juros altíssimos, 6,8% de juros reais, e congelamento de salários. O mesmo congelamento que sonegou aos Estados Unidos o crescimento do mercado interno - disse.
Ele alertou para as consequências de valorização do Real em 40%, desde 2006, e do aumento de 100% das importações no mesmo período, frente a apenas 5% de crescimento das exportações. Conforme observou, a indústria brasileira está sendo comprometida e o que ainda mantém a estabilidade da economia é a grande valorização das commodities, grãos e minérios exportados "praticamente in natura".
- Até quando a valorização das commodities sustentará a economia brasileira? É o prenúncio de uma crise anunciada - alertou.
O parlamentar disse que o país vive hoje um processo de "primarização da economia" ou de volta ao regime de plantation, sistema adotado na colonização das Américas, no qual a economia se baseava na exportação de monoculturas.
- De repente, vejo uma euforia sobre o agronegócio, que é fantástico, é produção de alimentos para o Brasil e para o mundo, mas que não pode ser a base exclusiva de um país que quer ser soberano. Essa soberania tem que se sustentar no mercado interno, na capacidade de consumo de seu próprio povo - frisou.
Para Requião, o poder de compra dos brasileiros está ameaçado pelo grande endividamento da população. Ele citou matéria do jornal Financial Times, segundo a qual o endividamento no Brasil é mais alto que o da população norteamericana antes do "estouro da crise" de 2008.
- O endividamento da família brasileira já é de 40%. Para cada R$ 100 de ingresso, temos R$ 40 comprometidos em dívidas, e isso somados os salários e os benefícios do INSS.
O senador considera que o país está perdendo tempo para adotar medidas que podem ajudar na proteção da economia contra a crise, como reduzir os juros, investir em modernização industrial, em infraestrutura e no financiamento da produção. Para ele, o Banco Central esboça medidas de ajuste no sentido certo, mas em "intensidade modesta".
Da Redação / Agência Senado
Requião é bem informado, sobretudo pelo seu governo estadual (Paraná) ter estado tão envolvido com o Porto de Paranaguá.
Cobri um encontro internacional em Curitiba e, na ocasião, fiquei estarrecido com o que ouvi dos participantes, nos bastidores. Nosso país está com um grande atraso no modal aquaviário, graças aos loobs.
Celso Brasil
Vídeo da matéria que foi ao ar em meu programa:
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