Viagem aos EUA não sai bem nem para o Brasil nem para Obama
O jornal “Washington Times” fez uma avaliação da recente viagem da presidente Dilma Rousseff aos EUA.O editorial “Obama’s Brazilian model. Rousseff shows White House an authoritarian way forward” (9 de abril) foi a matéria mais lida e re-enviada pelos leitores.
Nele aparecem os temores que crescem nos EUA em função das tendências autoritárias manifestadas pelo governo brasileiro em nível nacional, com destaque para o Judiciário, e as inclinações antidemocráticas em nivel internacional.
Fonte: http://esta-acontecendo.blogspot.com.brEditorial: O modelo brasileiro de ObamaRousseff mostra à Casa Branca um futuro autoritário
O presidente Obama recebeu nesta segunda-feira na Casa Branca a presidente brasileira Dilma Rousseff. Uma matéria publicada em vários jornais antes do encontro presidencial perguntava: “O que Obama poderia aprender da presidente do Brasil Dilma Rousseff?” A resposta otimista é: Oxalá não muito. Esta relação não é do interesse dos EUA.
A Sra. Rousseff é um exemplo de esquerda radical que está se unindo no mundo em desenvolvimento para se opor ao poderio americano.
Um dos principais objetivos de sua missão em Washington é obter do Sr. Obama o carimbo de aprovação para a ambição de Brasília de adquirir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O apoio dos EUA a este esquema seria autodestrutivo, pois o Brasil seria um voto certo contra os interesses americanos no cenário mundial. A Sra. Rousseff, ela própria uma ex-guerrilheira comunista, é um forte apoio das ditaduras anti-EUA, como a dos Castros em Cuba e de Hugo Chávez na Venezuela.
Como líder de um clube de nações que exercem pressões para o desarmamento nuclear dos EUA, ela apoiou os esforços dos mullahs iranianos para obter capacidade nuclear.
Se o planeta está dividido entre aqueles estão por nós e aqueles que estão contra nós, a Sra. Rousseff está do lado errado.
O Sr. Obama não tem nada que aprender da líder brasileira também no front econômico. Antes de ela subir ao poder no ano passado, o gigante sul-americano parecia estar finalmente começando a entrar na sociedade das nações sérias.
Embora esquerdista da velha guarda, o ex-presidente Lula da Silva, predecessor da Sra. Rousseff, deu alguns grandes passos para melhorar o clima financeiro e a reputação entre os investidores pela melhoria da infraestrutura, colaborando com organizações não governamentais internacionais e promovendo uma agenda moderada de crescimento econômico.
A percepção de progresso ajudou o Brasil a sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e a Copa do Mundo de 2014, uma consagradora conquista para um povo amante do futebol.
Porém a Sra. Rousseff deu uma guinada fiscal abrupta para trás, oprimindo os mercados, instituindo uma enorme quantidade de proibições fiscais e aumentando os gastos do governo.
Como nos EUA de Obama, o resultado foi um declínio econômico dramático. No auge da administração Lula, a confiança na direção do Brasil levou as previsões econômicas de longo termo a índices de crescimento de 5% ou mais. Mas sob a nova direção estatista da coalizão governamental conduzida pelo Partido dos Trabalhadores da Sra. Rousseff, a economia estancou, com o PIB crescendo apenas 2,7%, o mais baixo da América do Sul.
É do interesse dos americanos conhecer as travessuras amazônicas, pois a opressão de Brasília sobre seu povo e sua economia é uma advertência sobre o perigo para a democracia do poder irrestrito de governo.
A crescente perseguição ao grupo conservador Tradição, Família e Propriedade (TFP) expõe os perigos de discordância num mundo que se seculariza rapidamente.
Fundada em 1960, para combater o comunismo e promover os valores tradicionais, a TFP – muito conhecida nos círculos de Washington através de sua atuante co-irmã – é a principal opositora das prioridades da esquerda, como o aborto, a censura e as leis que inibem os direitos de propriedade.
Pelo fato de ela se interpor no caminho do Big Brother, o governo tem perseguido a TFP. Mais recentemente, o Superior Tribunal de Justiça, uma das altas cortes do Brasil, julgou a favor de um grupo dissidente, os Arautos do Evangelho.
A medida, que ocorreu sob forte pressão de autoridades da Igreja, inclusive do Núncio Apostólico do Vaticano, está efetivamente amordaçando a TFP ao entregar seus bens a dissidentes de esquerda.
A história interessa, porque agora o Brasil é a sexta economia do mundo e líder da coalizão de países de segundo nível que procuram vingar-se de anos de pretenso imperialismo do “primeiro mundo” ocidental.
A narrativa assemelha-se à reação instintiva do Sr. Obama a respeito de sua visão mundial do “Critique primeiro a América”. Brasília também mostra como as burocracias de esquerda, quando publicamente confrontadas, estão se mobilizando para sufocar a oposição através da censura e do confisco da propriedade.
A confabulação desta semana entre o Sr. Obama e a Sra. Rousseff foi mais do que uma sessão de fotos de dois esquerdistas cochichando sobre o que o mundo poderia ser caso eles tivessem mais poder.
Vejam Dilma e Obama na charge de hoje no blog do Fusca, seguidor do Palácio da Maria Joana:
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